Aqui relato algumas historias veridicas,outras fictícias de forma simples.Não sou escritor,poeta ou algo do gênero,mas gosto de escrever.Reconheço não haver muita concordância na ortografia dos meus relatos,mas ésta foi a melhor forma que encontrei para contar,algumas histórias e pensamentos que me vem à mente.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Clássico na várzea
Era para ser apenas um jogo amistoso, mas foi só a bola rolar para o bicho pegar.
De um lado o Renascencia, que está de volta os campos da várzea há um mês depois de ficar parado há um ano, é um time que está se reformulando.
Do outro, o Scala Veteranos que vem jogando junto há algum tempo. Escalado com Fernando, Carlinhos, Eduardo, Ditão, Valmir, Divanei, Tata, Negão, Fábio, Cristiano e Balú, o Scala esperava seu jogo, mas o adversário da liga não compareceu.
Para que ambos não ficassem sem jogar, a organização do evento resolveu remanejar e promover esse amistoso entre as duas equipes.
Com jogadores a menos o time do Scala cedeu quatro jogadores do seu elenco para o Renascência que pegou mais dois jogadores de um outro time que jogaria mais tarde.
Times escalados, todos conhecidos de longa data...
O árbitro, outro conhecido, deu inicio à partida. E, logo nos primeiros minutos de jogo, a constatação que não seria apenas um jogo amistoso e tranquilo como todos esperavam.
O atacante do Scala, Balú, pega a bola na intermediária e passa por três defensores do Renascência. Quando se preparava para enfiar a bola para as redes, o outro atacante, Cristiano, apareceu completamente impedido e tomou a frente na afobação de fazer um gol contra seu ex time. O árbitro não teve dúvidas e anulou a jogada.
O Renascência, após o susto inicial, começou a por a bola no chão e tocar de pé em pé envolvendo completamente o meio de campo do Scala. Quando o Escala chegava, era sempre contido pela zaga bem postada do Renascência.
A afobação dos atacantes do Scala. Balú estava segurando demais a bola e o Cristiano preocupado em sair da marcação forte que lhe fora imposta, além, é claro, de rivalizar com seus ex-companheiros de equipe, que o desconcentrado do jogo.
Então o Renascência que já tinha o jogo na mão, começou a pressionar os meias e os volantes do Scala. Mais jovens e velozes se antecipavam e tomavam a bola com facilidade. E tome contra-ataque em velocidade. Não demorou muito para sairem os gols. Logo após uma boa saída de bola, o Baby fez um lançamento nas costas do lateral esquerdo que falhou na esperando a bola sair. O atacante tomar-lhe a frente e cruzou rasteiro na entrada da pequena área para uma pancada seca do atacante que abriu o placar sem chances para o goleiro.
Enquanto a molecada do Renascência ditava o ritmo do jogo, o Moisés, o zagueiro deles provocava não só o Cristiano, mas a todos os jogadores do Scala. Como se fosse um argentino catimbeiro, xingava, caia, fazia faltas e pressionava o árbitro que fingia não escutar. Resultado: um, dois, três a um pro Renascência no primeiro tempo e os jogadores do Scala, quase todos, muito nervosos com o Moisés.
Começou o segundo tempo e o Scala precisava reagir para não tomar uma histórica goleada. O Renascência voltou pro jogo com outra postura, achando que o jogo estava ganho. Parecia esquecer a história e o retrospecto de superação do Scala Veteranos que já buscou resultados adversos em que a derrota era iminente, mesmo quando a diferença era de dois e até quatro gols.
O Renascência começou a tocar a bola de lado, a dar passes de três dedos, tocar a bola pra um lado olhando pro outro. Essa displicência foi a deixa para o Scala que melhorou seu posicionamento e já não dava mais tantos espaços, reagir. Seus laterais e volantes já não estavam dando mole e marcavam forte. O lance mais ríspido do jogo ficou por conta do lateral esquerdo Walmir e o meia do Renacência. Ambos com entradas fortes. Num desses lances ouve um bate boca entre ele e o monstro sagrado, o volante Tata, que ao tentar apaziguar foi ofendido e tomou a discussão para si. Por muito pouco não saíram na mão. Foram contidos pelos mais tranquilos e pelo árbitro.
O fato foi que a molecada do Renascência não estava preparada para uma marcação forte e foram deixando espaço para que os meias e atacantes do Scala tomassem as rédeas do jogo no segundo tempo, e sumiram do jogo.
Numa jogada de velocidade, o Valmir tomou a bola do zagueiro Moises e fez o segundo gol dos veteranos, aumentando o ânimo de todos. Quando tudo parecia mais tranquilo o árbitro parou uma jogada em que o Cristiano ganhava da zaga. O atacante protestou com xingamentos e acabou expulso.
Mesmo com um homem a menos o Scala jogava um belo segundo tempo. Empatou e virou o jogo com Balú (de novo) e Tuca.
O jogo pegou fogo. O meia que havia batido boca com o volante Táta, o pegou em uma jogada e cravou a chuteira em sua canela, mas o árbitro não deu nada. Por sorte ele fez falta violenta no Valmir e foi expulso.
Logo após a expulsão, o Renascência chegou ao empate com um gol de penalti. Mas o dia era do Scala que em mais uma bela jogada do Valmir, fechou o placar: Scala 5x4 Renascência. Foi mais uma virada histórica.
E foi só ter o apito final que tudo voltou a ser amistoso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário