sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A máquina de tirar Retrato.

 Que vida boa do interior,onde quase todos se conhecem pelo nome,onde a molecada joga bola descalço nas ruas de terra,empinam pipas livremente,com espaço suficiente para ficar bem longe da energia elétrica,que aliás não faz muito tempo que chegou por aqui.Ainda me lembro do dia em que os técnicos da extinta ligthi,colocaram os primeiros postes de madeira na minha rua,e depois de esticarem os fios, instalaram energia eletrica na nossa casa,foi uma festa só.Conhecer aquela nova tecnologia,ate então desconhecida no nosso bairro.E com a chegada da energia podemos adquirir alguns aparelhos que so conheciamos porque na vila (cidade) ,os comerciantes e algumas pessoas que moravam na vila possuiam.Com muito esforço meu pai adquiriu nossa primeira tv,era uma tv colorado,a válvula,que demorava um tempão para esquentar e começar a funcionar.Adquirimos também uma "radiola",(um radio enorme, revestido em madeira bruta) que trazia as noticias de "o globo no ar",ou o programa divertido do Zé Betio,entre outros.
Mesmo com a chegada da modernidade,ainda viviamos longe da realidade da cidade Grande.Lembro-me de um fato cômico,que hoje faria qualquer um morrer de rir.Certa feita, passava na nossa rua um homen com uma máquina estranha,o qual o meu pai o chamou,e reuniu os seus três filhos,colocou-lhes a melhor roupa,e chamou meu irmão Dinei, o sentou em um carrinho de madeira -que meu avô havia feito para carregar lenha-e chamou o homen com aquela máquina grande e estranha,meu irmão,quando viu aquilo,se desesperou e desembestou a chorar,ninguem conseguia conter-lhe,ele acreditava que o homen o mataria,depois de muita insistência,meu pai conseguiu o entreter e o homen então a distância conseguiu tirar o "retrato". Enquanto isto eu e meu irmão menor o Toninho,estávamos com os olhos esbugalhados sem saber o que aquele homen queria conosco com aquela máquina esquisita,vendo que nosso irmão não morrera, nos encorajamos e um após o outro,fomos para sobre o carrinho com mais confiança.O que era aquilo, só descobrimos após alguns dias,quando os "retratos revelados",chegaram emoldurados em um belo porta retrato.

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